16 de outubro de 2019

Um ano para eleição e alguns de seus cenários possíveis, artigo de Elton Barz

Arquivo

A conferência amanhã, 25, será totalmente on-line pela manhã em uma live pelo Facebook do PCdoB.

Camaradas estamos a um ano das eleições municipais e todos os partidos já estão na praça a procura de possíveis candidatos, principalmente quando falamos da disputa para o Legislativo Municipal. Não será fácil, mesmo para os maiores partidos fechar chapas competitivas para eleger bancadas numerosas o cenário que se apresenta é o de uma maior pulverização de partidos com assento na Câmara Municipal de Ponta Grossa.

Geralmente o que mais chama atenção e a corrida majoritária. Todos já elencam os disputantes do Palácio da Ronda. Os partidos e frentes já se articulam e as conversas estão a todo vapor. Para nosso Executivo municipal teremos surpresas até a ultima hora das Convenções Partidárias, muitos partidos podem ousar apresentar candidaturas até para ajudar na eleição de vereadores. Mas é claro que temos os de maior visibilidade que já anunciam os movimentos e as reuniões sempre ficam cada vez mais públicas. Neste quesito temos três grandes candidaturas que vão pautar e liderar as maiores frentes para a eleição.

A primeira delas é da atual gestão que rabisca pesquisa e se apontam algumas possibilidades a fim de levar os louvores e criticas de representar a gestão Marcelo Rangel (PSDB) que fecha seu ciclo de oito anos. O nome com maior densidade eleitoral deste grupo com certeza é o deputado federal licenciado e Secretário Estadual de Logística e Infraestrutura Sandro Alex (PSD) que não tem condição de ser candidato pela limitação da Legislação Eleitoral já que é irmão do atual prefeito. Mesmo existindo alguns Fake News espalhados no meio político da cidade Sandro Alex é inelegível para a disputa majoritária de Ponta Grossa. Mesmo que hoje o prefeito Marcelo Rangel renuncie Sandro já está alijado da disputa, pois a legislação estabelece que neste grau de parentesco quando se iniciou o mandato em 2017 o irmão do prefeito já se tornou inelegível. Se o irmão não vem então quem? Esta e uma das grandes perguntas dos espectadores da política da cidade. A vice prefeita Elizabeth Schmidt (sem Partido e eleita pelo PSB) seria a candidata natural, mas pelo jeito não expira confiança eleitoral plena da família Rangel. Uns dizem que a falta de uma candidatura melhor poderia ser ela a candidata. Outros falam que a família da vice prefeita não gostaria de tal exposição. Se não ela que vem quem então?  Outros nomes como o secretario de Infraestrutura e Planejamento Celso Augusto Sant`Ana (PSDB) seria o apropriado já que ele é o responsável, entre outras coisas, pelo o asfalto na cidade fator de relevância eleitoral em Ponta Grossa. Basta à lembrança do Slogan de alguns ex prefeitos que mostravam o avanço de sua administração calculada através dos quilômetros de asfalto construídos na cidade. Celso tem esta máquina importante mais não tem experiência e nunca foi testado numa eleição, falam os que temem que seu nome leve a um grande fracasso eleitoral para o agrupamento chapa branca. Agora então cabe perguntar quem tem experiência e teste nas urnas? Neste quesito aparece na frente o vereador Felipe Passos (PSDB) que teve uma ótima votação para vereador e foi um dos mais votados candidatos a deputado federal na cidade, mesmo não conseguindo se eleger. Sua ligação com a parte mais conservadora do catolicismo da cidade também seria uma credencial. Felipe Passos foi até convidado para migrar para o PSL e ser candidato a prefeito pelo novo grupo que assumiu o partido na cidade. Apesar de tudo isso muitos ainda o consideram verde e imaturo para uma disputa do executivo. Neste espectro se apresentam para tentar aproveitar este espaço o presidente da Câmara Municipal Daniel Milla (PV, sairá do partido na janela) que acha possível fazer desta sua visibilidade e ser da linha sucessória da Prefeitura hoje como um trunfo eleitoral. O que se sabe é que ele não conta com muitos apoiadores nas hordas oficiais.

Falando de outra forma o lado Chapa Branca precisa ainda construir uma candidatura, mas já conta com apoio de um rol bem grande de partidos como PSDB, PSD, PSC, PTB, Cidadania (que pode ter candidato) e Avante entre outros, fato que dá para esta coligação um bom tempo e um bom número de vereadores para fortalecê-lo na disputa. Só falta definir os jogadores a tempo de treinar para este difícil campeonato. Em tempo me lembrei que o candidato oficial terá muitas obras para entregar ano que vem. Lago de Olarias, a recuperação da Carlos Cavalcanti, Novo Mercado Municipal, novos empreendimentos industriais e outras coisas mais.

O segundo agrupamento é o que se ajunta em torno do deputado federal Aliel Machado do PSB tentando desta vez chegar mais longe que o segundo turno das eleições passadas. Aliel tenta consolidar um aliança com PP, PDT, MDB (que pode ter candidatura Própria) e PL tentando expressar uma opção de centro e de centro esquerda na cidade. Este agrupamento uma vez se consolidado garante um bom tempo de televisão e muitos candidatos a vereança, mas sem duvida o grande desfio é ter claramente o que debater para cidade, já que estará pressionado pelo um lado pela prefeitura e outras candidaturas de centro direita e por outro pela nossa Frente de esquerda.  A pergunta a ser feita e se vai contar com a capacidade de se mostrar enquanto oposição e ao mesmo tempo com condições de enfrentar os grandes desafios postos para o próximo período em que a cidade fará 200 anos.

O terceiro elemento encilhado da nossa disputa remida é a do ex deputado estadual Marcio Paulik (SD). Sua campanha par deputado federal apesar de ter 65 mil votos ficou na primeira suplência da Chapa MDB, PCdoB, PDT e SD em Ponta Grossa teve 24.024 votos sendo o quarto mais votado da cidade (ficou atrás de Sandro Alex 35.775, Aliel Machado 25.997, Felipe Passos 25.650) tem bom contato com o empresariado da cidade e sempre teve capilaridade de seus votos. Hoje Paulik está próximo de consolidar o apoio do DEM via Plauto Miró e Podemos via Jocelito Canto como também deve contar com o partido para onde for aos membros da família Zampiere (defenestrado da direção do PSL). Seu problema e ter menor estrutura de aliança e a probabilidade da divisão da direita da cidade em várias candidaturas, só como exemplo próprio Tito Fonseca da ACIPG poderá ser candidato do PSL da cidade.

Um Lugar ao Sol

Aparecem correndo por fora desta trinca emparelhada alguns outros projetos que querem se credenciar para entrar nesta corrida. Alguns realmente construíram candidaturas outros ficaram no meio caminho optando por acordos no fim do processo.

Começo pela nossa Frente de Esquerda (PCdoB, PT, PSOL) que desta vez está com boa chance de unir os partidos para disputar um eleitorado existente da cidade que vota na esquerda. A nossa frente fez 13% dos votos na eleição de presidente no primeiro turno, contando com os votos de Hadad e Boulos e 25% no segundo. O PT já governou a cidade, e mais importante que isso, é preciso trazer para o debate de Ponta Grossa as propostas que somente nós vamos colocar luz nelas e bem como ao mesmo tempo denunciar as trevas que o governo Bolsonaro está trazendo para o país e para as cidades brasileiras. Quem vai afirmar a importância da inversão das prioridades das políticas públicas, a defesa dos direitos humanos das minorias e das pautas de gênero e diversidade, além é claro de oferecer um rol de candidatos e candidatas para o Legislativo municipal capaz de repaginar a Câmara e sua atuação. Na Frente de Esquerda temos hoje dois candidatos que hoje são lembrados. Uma delas é a ex deputada federal Selma Shoms do PT e o outro o professor do curso de jornalismo da UEPG Sergio Gadine. Vamos ver se conseguimos manter o espírito de unidade desta frente vital para o desenvolvimento social de Ponta Grossa.

Como já citei anteriormente outro projeto que pode aparecer é o do PSL que tem como prioridade apresentar candidaturas majoritárias no maior número das maiores cidades das Regiões Sul e Sudeste. Ao Tito Fonseca foi dado comando do PSL em Ponta Grossa tirando o controle da família Zampiere com uma orientação central achar alguém para ser o majoritário ou ele mesmo, Tito, se apresentar para a batalha. Nada mais coerente que alguém ligado a Associação Comercial e Industrial, que tem histórico de defender teses absurdas associadas à pauta da ultra direita, seja o candidato do PSL em Ponta Grossa. O prefeito Marcelo Rangel e mesmo Paulik tentam seduzir o partido que por enquanto é o de Bolsonaro para suas alianças se isso vai ser possível veremos em breve. Basta saber também o destino do próprio PSL que esta definitivamente em guerra declarada com os filhos e os principais lideres ideológicos do Bolsonarismo. O partido pode chegar insignificante para a eleição municipal.

O MDB de Julio Killer aparece como um das possibilidades de candidatura seu partido que tenta se reorganizar no Estado e quer ter candidatos nos principais centros urbanos do Paraná. Apesar que o namoro do MDB com a candidatura de Aliel é grande.

O Partido Novo tem como meta também lançar candidatos nos principais centros visando dar base para sua chapa de deputados em 2022. O Partido Novo planeja uma série de ações em Ponta Grossa que objetivam o fortalecimento da sigla no município, visando especialmente à participação nas eleições municipais no próximo ano.  Conforme Sara Helena Bobeck Neves a meta é construir uma candidatura pra debater o Liberalismo conservador na cidade. O Novo é um dos partidos mais fieis ao governo Bolsonaro no congresso Nacional e tentar de todas as maneiras fazer os incautos acreditar que, esta jaboticaba da política brasileira do Liberalismo só no econômico para ser conservador nos costumes possa ser possível.

O Cidadania (Ex PPS) trocou seu nome para de vez apagar seu passado mais ligado a esquerda e o socialismo e foi fruto da união com vários movimentos na defesa do Liberalismo raiz. O liberalismo clássico aquele tipo Partido Democrata dos EUA que é liberal no econômico e também nos costumes, duvido que  o vereador da sigla e pré candidato  lançado pela direção estadual como prefeito Dr. Zeca saiba desta concepção de ser liberal nos costumes e também que ele seja candidato a prefeito. Esta é a candidatura que todos os analistas mais apostam que não irá sair e que provavelmente deve entrar no bloco governista mesmo que alguns ainda acreditem de um acordo dele com Paulik.

O Partido Republicano da Ordem Social, noiva casa do vereador George Oliveira também insinua que pode lançar como candidato o próprio edil (eu duvido) ou o seu presidente municipal o Professor Ulisses Coelho poderá assumir a candidatura majoritária eu apostaria numa negociação com algum dos três agrupamentos dos grandes candidatos.

Faltam menos de um ano e este período daqui até o início do ano será definitivo para o fortalecimento ou não dos projetos apresentados. Muitos dos movimentos serão nos bastidores, mas já serão percebidos pequenos lançamentos de projetos e ou candidaturas. Mas com toda certeza a luta maior e definitiva para que muitos deixem de serem nomes lembrados ou ainda lançados para de fato se tornarem candidatos será a formação das chapas para a vereança esta ai hoje a maior luta dos bastidores. Neste campo com toda certeza tudo pode mudar.

Já o jogo de segundo turno já foi iniciado e as negociações também e entre tudo e todos podendo inclusive juntar os injuntáveis e separar os iguais. Quem viver verá.

Elton Barz é professor e da direção estadual do PCdoB do Paraná.


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