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Para surpresa e indignação de todos os servidores, além da própria população que tomou conhecimento do assunto, o prefeito Marcelo Rangel publicou no Diário Oficial do Município (dia 07 de abril) um decreto elevando o valor da remuneração de alguns cargos em comissão. Poucos dias após decretar Estado de Calamidade Pública e também de Calamidade Financeira, o prefeito atua como se tudo estivesse "às mil maravilhas" aumentando a ‘farra’ dos cargos comissionados.
O país e o mundo passam por uma situação delicada em todos os aspectos, na área da saúde e na questão financeira principalmente. Empresas estão falindo e milhares de trabalhadores perdendo ou correndo o risco de perder o emprego. Em Ponta Grossa não é diferente. Há algum tempo Município encontra-se em dificuldades financeiras, só para exemplificar destacamos o seguinte:
– Sindicato dos Servidores após denúncias administrativas, protocola no Tribunal de Contas do Estado do Paraná denúncia de nomeações de cargos em comissão de forma ilegal;
– Guarda Municipal realiza protesto para conquistar reivindicação salarial;
– Vacinadores de Unidades ESF realizam ato público por falta de atendimento de reivindicação e descaso do secretário de Recursos Humanos, Ricardo Linhares, tio do prefeito Marcelo Rangel (PSDB);
– Trabalhadores do Parque de Máquinas realizam protesto contra redução de salários e ouvem proposta do secretário de Recursos Humanos a qual não foi cumprida;
– Governo não atende pedido de reajuste da Data Base dos servidores, secretário de Recursos Humanos, marca duas reuniões e não comparece em nenhuma;
– Sindicato faz abaixo assinado pedindo a redução dos mais de 300 Cargos Comissionados.
Esses são só alguns exemplos para demonstrar a dificuldade em que os servidores municipais estão tendo nos encaminhamentos em relação às suas reivindicações. Para esses pedidos a resposta era sempre a mesma: que o Município se encontrava em dificuldades financeiras.
No mês de março, com a chegada da pandemia, o discurso do prefeito Marcelo Rangel ficou mais forte em relação à situação financeira da Prefeitura. Em seu programa de rádio tem falado que até o final do ano, os salários dos servidores deverão sofrer atrasos, pois os Municípios e Estados estão em extrema dificuldades financeiras.
Em uma de suas lives pediu paciência aos servidores que estão na linha de frente no combate ao coronavírus que aguardam o pagamento do adicional de insalubridade de 40%, pois os recursos financeiros estão escassos. Falando inclusive em parcelar esse percentual ao longo do ano.
Para surpresa e indignação de todos os servidores, além da própria população que tomou conhecimento do assunto, o prefeito publicou no Diário Oficial do Município (dia 07 de abril) um decreto elevando o valor da remuneração de alguns cargos em comissão.
Poucos dias após decretar Estado de Calamidade Pública e também de Calamidade Financeira, o prefeito atua como se tudo estivesse “às mil maravilhas” aumentando a ‘farra’ dos cargos comissionados.
Ao contrário de alguns municípios que estão reduzindo os comissionados ou até mesmo reduzindo os salários dos cargos políticos, o prefeito vai na contramão do que está acontecendo em todo o país e no mundo.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa repudia veementemente essa atitude, a qual considera uma afronta aos servidores, bem como a toda a população pontagrossense.
O presidente do Sindicato, Roberto Ferensovicz, estará protocolando hoje, 13, um documento ao prefeito exigindo o cancelamento imediato dos referidos atos, o documento também será encaminhado à todos os vereadores pedindo para que os mesmos, independente se são da situação ou oposição, se manifestem contrários a essa atitude que consideramos totalmente inadequada para o momento em que vivemos.
Caso o pedido não seja atendido, a direção do Sindicato avaliará quais medidas jurídicas irá adotar nos próximos dias. (Com assessoria)