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A deputada ressaltou que decidiu se candidatar principalmente, porque em março deste ano, havia 648 gestantes na fila por um exame de ultrassonografia e que em muitas unidades de saúde faltam remédios e até seringas para injeções.
A deputada Mabel Canto (PSC), em sessão remota da Assembleia Legislativa, cobrou dos gestores públicos a responsabilidade que o momento exige durante a aprovação de decretos de calamidade pública de 38 Municípios, entre eles Ponta Grossa, aprovados pelos deputados hoje, 08. “Peço muita responsabilidade e discernimento aos prefeitos para cumpram de maneira razoável o que o momento está necessitando. Que todas as verbas, os recursos sejam de fato direcionados para a área da saúde”, defendeu Mabel.
A deputada recomendou que os gestores municipais não sigam o exemplo do prefeito Marcelo Rangel (PSDB), que ao invés de priorizar os recursos para a saúde nas ações de enfrentamento ao coronavírus, gastou com despesas de propaganda. “Não façam como o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, que após decretar a calamidade pública aqui no Município, pagou mais de R$ 600 mil em publicidade, inclusive, referente ao ano passado. Isso é um ato de irresponsabilidade. Os vereadores dos Municípios e o Ministério Público devem ficar atentos a tudo que eles estiverem fazendo neste momento”, criticou Mabel Canto.
PAGAMENTOS – Na última sexta-feira, 03, o Blog do Johnny divulgou com exclusividade que a Prefeitura de Ponta Grossa havia pago no dia anterior, 02, para a Agência Dupa Publicidade e Comunicação, de Curitiba, R$ 130.163,00, referente à propaganda em veículos de comunicação, veiculação e produção de outdoors/placas e produção de vídeos e fotos.
Hoje, a Prefeitura realizou dois novos pagamentos para um veículo de comunicação e outro para uma empresa de painéis/placas, que totalizam R$ 30.101,00.
Os pagamentos contrariam o Decreto Municipal 17.112, do dia 19 do mês passado, assinado pelo prefeito Marcelo Rangel, que determina o redirecionamento dos recursos de publicidade para o combate do coronavírus, artigo 1º, inciso VI, J: “Redirecionamento para a FMS [Fundação Municipal de Saúde] de recursos e despesas não essenciais, tais como, cerimonial, eventos culturais, esportivos, turísticos, mídia, publicidade”.
No último dia 23, 15 vereadores da base do governo e da oposição assinaram um documento encaminhado ao prefeito Marcelo Rangel solicitando que o orçamento e recursos financeiros previstos para o pagamento de despesas com propaganda fossem destinados para a criação de novos leitos e aquisição de equipamentos para o atendimento da população, especialmente aqueles que funcionam de modo a ajudar pessoas com dificuldades respiratórias (respiradores).