Racha no PSD fortalece Sergio Moro
A indefinição do governador Ratinho Júnior (PSD) em definir o seu candidato à sucessão fortalece diretamente o senador Sérgio Moro (União Brasil), líder em todas as pesquisas ao Palácio Iguaçu em 2026.
Moro, igual à sua personalidade e fala, é o famoso “come quieto”. Assumiu o comando do União Brasil no Estado, filiou o fenômeno Cristina Graeml para a disputa à vaga ao Senado, dividiu o Estado entre coordenadores regionais, está refazendo todas as comissões provisórias do partido, e está ‘comendo pelas beiradas’ o PP, para formar a coalização da Federação União Progressista (UP).
Está ficando claro no jogo que Ratinho Jr. tem a preferência pelo ‘sucessor do coração’, Guto Silva, que comanda a superpoderosa Secretaria de Estado das Cidades. Tal preferência ficou evidente quando Silva assumiu o protagonismo dos esforços de reconstrução da Rio Bonito Iguaçu, após tornados que devastaram a cidade.
O presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, é a resistência. Junto com os deputados da base do Governo liderados por ele – um grupo fiel -, mas a maioria aguardando a decisão do governador.
O bastão deve passar para Darci Piana e, com o recuo de Ratinho Jr. ao Planalto, a vaga ao Senado é um caminho para 2030. Rafael Greca, ex-prefeito de Curitiba e secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, ou Leonaldo Paranhos, ex-prefeito de Cascavel e secretário de Estado do Turismo, estão escalados para a vice.
O racha parece inevitável. Ao optar por Guto, Curi pavimentou o caminho no Republicanos. Ao optar por Curi, Guto diz que não irá aceitar calado ser preterido igual à 2022. A resistência – Alexandre Curi – parece ter conquistado a simpatia da chamada ‘República de Jandaia do Sul’, que recebeu como um ‘balde de água fria’ a declaração do pai, o apresentador Ratinho, feita na última semana, que não interfere nas decisões políticas do filho-governador.
Tem ainda os ‘bolsominions’, Paulo Martins, vice-prefeito de Curitiba que quase ‘pegou na taça’ ao Senado em 2022, e o deputado federal Filipe Barros (ambos do PL), que almejam uma das duas vagas ao Senado Federal.
Na rebarba a esquerda, PT, PDT, PV e PCdoB tentam empinar a campanha do deputado estadual Maurício Requião (PDT).