4 de novembro de 2021

No Paraná, trigo chega à reta final da colheita com preços em alta

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Guarapuava, Cascavel, Tibagi e Toledo estão entre as cidades mais ricas do agronegócio brasileiro. Tibagi, nos Campos Gerais, que ocupa a marca de número 70 no levantamento do Ministério da Agricultura. Em 2020, o VBP de Tibagi chegou a R$ 932,9 milhões, com um PIB de R$ 842,1 milhões em 2019.

Historicamente líder da produção nacional de trigo, o Paraná chega à reta final da colheita nesta semana com preços em alta, segundo informe do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. A comparação com 2020 mostra a valorização do cereal. Em média, os produtores receberam R$ 87,34 pela saca de 60 kg no mês passado, valor 27% superior ao praticado em outubro de 2020 (R$ 68,61).

Esse quadro colaborou para que os produtores de trigo do Paraná diminuíssem o ritmo da comercialização, na expectativa de que os preços continuem evoluindo. Cerca de 36% do volume de 3,2 milhões de toneladas projetado para a safra 2020/2021 foram vendidos até outubro, contra um percentual de 47% em outubro de 2020. A capitalização dos produtores em virtude de boas safras de soja também tem possibilitado esse retardo.

“Apesar de estar mais lenta comparativamente ao ano passado, essa comercialização não torna indisponível o produto aos moinhos. Com a colheita chegando à reta final, a disponibilidade do cereal no Estado está praticamente no auge”, explica o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho. Em breve, essa disponibilidade se somará ao ápice das colheitas da Argentina e do Rio Grande do Sul, mercados importantes para a formação do preço paranaense.

MOINHOS – Na comparação entre outubro e setembro deste ano, os preços no mercado atacadista tiveram uma retração de 3% – em setembro, a tonelada de trigo custava, em média, R$ 1.656. “Os moinhos tiveram um alívio temporário neste mês, com as farinhas sendo vendidas cerca de 1% mais caras que em setembro, apesar de seu principal insumo ter barateado no mesmo período”, diz Godinho.

Segundo ele, essa comparação mensal esconde a dificuldade de repasses de preço, pois o reajuste médio das farinhas desde outubro de 2020 é de 9%, menos da metade do reajuste do trigo disponível. No mercado atacadista, o preço do cereal passou de R$ 1.308 em outubro de 2020 para uma média de R$ 1.605 em outubro deste ano – alta de 23%.

PÃO FRANCÊS – O preço do pão francês no varejo tem se mantido abaixo da inflação, justificando a dificuldade de aumentos nas farinhas. Em outubro, a média de preços praticados pelo produto foi R$ 9,85 o quilo, 1% mais caro que em setembro (R$ 9,76) e 4% mais caro que em outubro de 2020 (R$ 9,46), segundo o Deral.

“Além da dificuldade pela queda de renda do brasileiro, o represamento pode ser explicado por uma estratégia de mercado, já que o preço baixo do pão pode estimular o consumo de outros itens das padarias e supermercados”, acrescenta o agrônomo. (Com AEN)


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