26 de novembro de 2020

Mabel eleita prefeita, PG perde deputada e abre vaga para suplente do Oeste envolvido em fraude ao SUS

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Além da cidade de Ponta Grossa perder representatividade na Alep, Mabel vai conceder foro privilegiado para o político de Marechal Cândido Rondon, que está na mira do Gaeco.

Caso seja eleita prefeita de Ponta Grossa nas eleições do próximo domingo, 29, a deputada estadual Mabel Canto (PSC), abre vaga na Assembleia Legislativa (Alep) para o ex-deputado Ademir Bier, envolvido em uma operação contra um suposto esquema de fraude ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Além da cidade de Ponta Grossa perder representatividade na Alep, Mabel vai conceder foro privilegiado para o político de Marechal Cândido Rondon, que está na mira da Operação Mustela, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público do Estado do Paraná.

Em 2018, quando se candidatou pela primeira vez, Mabel comprometeu-se a cumprir o mandato integralmente, promessa que chegou a registrar em um cartório da cidade.

 

FRAUDE AO SUS – Em uma gravação telefônica, um assessor do ex-parlamentar, que foi preso, se refere aos pagamentos para furar a fila do SUS como “pacotinho” e reclama que Bier não se reelegeu em 2018 mesmo ajudando as pessoas.

Batizada de Mustela – gênero de mamíferos que inclui os furões −, a ação investiga agentes públicos, funcionários de hospitais e médicos em uma suposta organização criminosa que cobrava indevidamente de pacientes para furar a fila do SUS. Segundo o Gaeco, a partir de valores que variavam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, esses médicos inseriam os pacientes na lista de urgência do SUS, o que garantia prioridade nas cirurgias.

A ponte se iniciava no “Núcleo de Agentes Públicos/Políticos” do esquema, que fazia o contato com os funcionários dos hospitais, e estes levavam a demanda aos médicos envolvidos. Entre esses agentes está Paulo Roberto Mendes de Morais, conhecido como Paulinho, que era funcionário comissionado no gabinete de Bier com um salário de R$ 7,8 mil.

A investigação aponta “fortes indícios” de que Paulinho intermediava o agendamento de consultas médicas e cirurgias no esquema. Em gravação telefônica autorizada pela Justiça, ele menciona que “fazia esse tipo de trabalho para Ademir [Bier] há dez anos e que já atendeu ‘muito mais de quinze mil pessoas’ e encaminhou ‘mais de dez mil cirurgias’”. Já a uma paciente que precisava de uma cirurgia no útero e na bexiga, ele fala que “só na base do pacotinho, R$ 4 mil”.

Para o Gaeco, Ademir Bier deu suporte a Paulinho a fim de “retirar dividendos eleitorais perante eventuais beneficiados”, além de, em alguns casos, participar diretamente da negociação e encaminhamento de pacientes. (Com informações da Gazeta do Povo)


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