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Em uma analogia política e não processual, Plauto Miró pode ser comparado ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve os processos anulados por falta de provas, sendo considerado “inocente” pelo Poder Judiciário e apto a disputar a eleição em 2022. Tanto Lula quanto Plauto não tiveram com isso resgatadas as suas credibilidades junto à população.
Por unanimidade, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) considerou que as acusações contra o deputado estadual Plauto Miró Guimarães Filho (DEM), relacionadas ao esquema de desvio de recursos na construção e reformas de escolas públicas, alvo da Operação Quadro Negro – o maior escândalo de corrupção da história do Paraná -, foram feitas sem provas, cancelando o pedido de abertura de processo criminal feito pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR).
Em uma analogia política e não processual, Plauto Miró pode ser comparado ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve os processos anulados por falta de provas, sendo considerado inocente pelo Poder Judiciário e apto a disputar a eleição em 2022. Tanto Lula quanto Plauto não tiveram com isso resgatadas as suas credibilidades junto à população.
Afinal, quem acredita que Lula é inocente? Pode ter passado pelo crivo da Justiça que prevê a exigência de comprovação plena dos elementos que dão suporte à acusação (provas), mas não pela condenação da população. Lula poderá até ser eleito novamente, não porque o povo acredita na sua inocência, mas pela conjuntura política e econômica atual do País.
Assim como Plauto, estará apto a reeleição.
A queda de Plauto é sentida também em suas bases. Na Região, o deputado estadual Hussein Bakri (PSD), líder do Governo na Assembleia Legislativa, tem atraído lideranças que eram ‘fiéis’ a Plauto.
Em Ponta Grossa, nas últimas eleições foi derrotado junto com Márcio Pauliki (SD) e Mabel Canto (PSC). Não conseguiu nem reeleger o seu fiel escudeiro, Mingo Menezes, que após o pleito e a derrota se afastou de Plauto.
Em busca da reeleição para o nono mandato, Plauto tenta se escorar na credibilidade que ainda resta ao empresário Márcio Pauliki, com quem se aliou em oposição aos irmãos Sandro Alex, secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, e Marcelo Rangel, superintendente de Inovação do Governo do Estado. Os políticos devem formar uma dobradinha nas eleições do ano que vem.