27 de abril de 2020

Exportações dos Campos Gerais caem 22,1% nos primeiros meses de 2020

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Para o professor Alex Sander Souza do Carmo, do Departamento de Economia da UEPG, responsável pelo boletim, “é possível conjecturar que essa retração já pode ser um reflexo da recessão econômica ocasionada pela pandemia da Covid-19”.

O Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nerepp-UEPG) divulgou nesta semana a balança comercial dos Campos Gerais no primeiro trimestre de 2020. O boletim, compilado pelo professor Alex Sander Souza do Carmo, do Departamento de Economia, traz os dados de importações e exportações dos municípios da região nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2020.

Como aponta o estudo, a balança comercial dos Campos Gerais teve redução de 32,4% no primeiro trimestre de 2020, em comparação com dados do mesmo período de 2019. No comparativo, as exportações caíram 22,1% e as importações aumentaram 17,5%. “Não é possível precisar quais os principais fatores que causaram a redução das exportações da região, mas é possível conjecturar que essa retração já pode ser um reflexo da recessão econômica ocasionada pela pandemia da Covid-19”, analisa o professor.

Em valores, as exportações da região atingiram pouco mais de R$ 2 bilhões e as importações R$ 679,6 milhões, configurando um saldo na balança comercial (o valor das importações subtraído do total de exportações) de quase R$ 1,5 bilhão. Ao comparar o desempenho do comércio exterior dos Campos Gerais nos primeiros trimestres de 2019 e 2020, o estudo conclui que Ponta Grossa, Ortigueira e Telêmaco Borba continuam sendo os três principais exportadores da região, já que, em conjunto, esses três municípios foram responsáveis por 85,6% das exportações no período.

Dos 17 municípios exportadores, 10 tiveram variação positiva nas exportações e 7 tiveram variação negativa. O boletim destaca o Município de Arapoti, com aumento de 159,0% nas exportações e Reserva, com redução de 68,0%. “Em termos absolutos, os municípios que mais reduziram as suas exportações foram Ortigueira (R$ 336 milhões) e Ponta Grossa (R$ 275 milhões)”, aponta o documento.

Somente 12 municípios tiveram importações nesse período, sendo que 7 aumentaram o valor total de importações. Em destaque, o Município de Ortigueira, que elevou este número em 79,9% na comparação com o mesmo período de 2019.

Quanto aos produtos exportados, são em sua maioria de baixa tecnologia, pouca transformação industrial e baixo valor agregado, enquanto que as importações são de produtos de média e alta tecnologia e maior valor agregado. “Destaca-se que esse padrão de comércio internacional é semelhante ao observado no Estado do Paraná e no Brasil”, explica o pesquisador.

O principal produto exportado pela região no período foi “pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão para reciclar (desperdícios e aparas)”, com valor de R$ 516,3 milhões, somando 23,8% das exportações. A variação deste produto de 2019 para 2020 foi de 43,4%.

O principal produto importado pelos Campos Gerais nos primeiros três meses do ano foi “reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes”, totalizando R$ 219,6 milhões e 32,3% de todas as importações. Relacionando com os primeiros meses de 2019, este total subiu 22,2%. A maior variação positiva nas importações foi de “borracha e suas obras”, com 175,9% a mais do que no ano passado.

Cinco países representaram 47,2% das exportações da região no período analisado: Estados Unidos, China, Itália, Argentina e Coréia do Sul. O professor destaca que estes países foram fortemente afetados pela pandemia e realizaram diversas medidas de isolamento social no início do ano, gerando um reflexo negativo sobre as exportações dos Campos Gerais. O estudo do Nerepp destaca também as principais origens dos produtos importados pela região neste período: Alemanha, China, Holanda, Estados Unidos e Paraguai, somando 55,4% das importações.

O boletim pormenoriza ainda os dados sobre cada município e sua participação nas exportações e importações da região, além dos principais produtos exportados e parceiros comerciais. Para ler o documento na íntegra, acesse este link. (Com assessoria)


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