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Na semana passada o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex (PSD), que comandou pessoalmente a montagem de chapas para vereador do seu grupo político em Ponta Grossa, tendo como “lacaio” operacional para a tarefa o diretor de Administração e Finanças da Fomento Paraná, José Elizeu Chociai, perdeu duas quedas de braço para adversários políticos: a primeira para o seu arqui-inimigo, o empresário Márcio Pauliki (Solidariedade) e, a segunda, para a família do empresário Marcos Zampieri.

Em novembro, o grupo de Sandro assumiu o comando local do Republicanos (ex-PRB) em uma articulação de Chociai, ex-líder da ‘frentinha do sovaco’ (partidos debaixo do braço), com o presidente estadual do partido, Valdemar Jorge, secretário de Estado de Planejamento e Projetos Estruturantes, e a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), nomeando para comandar a legenda a missionária Adriana Silva, da 23ª IEQ. Adriana é cunhada do ex-presidente do partido, vereador Pastor Ezequiel, que rompeu com a IEQ após ter disputado a eleição como candidato a deputado federal em 2018. O partido foi entregue ao grupo de Sandro após a ameaça de ir parar nas mãos da família Zampieri.

No mês passado uma reviravolta, a direção local do Republicanos ligada à IEQ decide apoiar a pré-candidatura de Márcio Pauliki. Sandro Alex novamente entra em campo e consegue manter o comando do partido, mas perde o apoio da IEQ que se mantém na base de Pauliki. Nesta semana, a missionária Adriana deixa o Republicanos e se filia ao Solidariedade.

Também nesta semana, Pastor Ezequiel deixa o Republicanos e vai para o Avante, deixando sozinho no partido o pastor Leandro Bianco, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), pré-candidato a vereador.

Sem chapa, agora sob o comando da IURD, os deputados Aroldo Martins (federal) e Amaro Neto (estadual), decidem tirar a direção do partido das mãos de Sandro Alex, passando por cima do presidente estadual da legenda, e entegar para o vereador Ricardo Zampieri, que se filia para disputar a Prefeitura em outubro.

O saldo dessa queda de braço: Sandro não tem mais força política no Estado; Pauliki perdeu o Republicanos, o apoio da IURD, mas conquistou o apoio da IEQ; e Zampieri perdeu a primeira batalha, não se deu por vencido, deu a volta por cima, ganhou o partido e de sobra o apoio da IURD.

Ricardo Zampieri pode figurar como o principal candidato da direita de PG

Zampieri, pai e filho, Marcos e Ricardo, atuaram muito bem politicamente nos últimos dias e construíram uma base de apoio que reúne além do Republicanos, o PROS, PRTB, Cidadania, PMB e PTC.

Por falar em Zampieri, pai e filho, Marcos e Ricardo, atuaram muito bem politicamente nos últimos dias e construíram uma base de apoio que reúne além do Republicanos – que também recebeu a filiação dos filhos do Presidente Jair Bolsonaro (PSL), o senador Flávio e o vereador Carlos, do Rio de Janeiro (RJ) -, o PROS, do vereador George de Oliveira; o PRTB, do ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho e dos vereadores “Valtão”, Sargento Guiarone e Celso Cieslak, além do comunicador e ex-secretário de Estado João Barbiero; o Cidadania (esvaziado pelos irmãos Sandro Alex e Marcelo Rangel); o PMB; e o PTC.

Ricardo tem como opção para vice o empresário pontagrossense Oséias Gomes, CEO da Odonto Execelence Franchising, que embora seja desconhecido da maioria da população da cidade, é reconhecido como um dos maiores gestores/consultores empresariais do País, além de possuir origem humilde e uma linda história de superação e sucesso contada em seu livro best-seller “Gestão Fácil”.

Caso consiga manter o apoio destes seis partidos, que reúnem 51 deputados federais, Ricardo terá um bom tempo de televisão. Com o apoio da família Bolsonaro, nem que seja dos filhos do Presidente, com quem tem um bom relacionamento com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ele deve figurar como um dos principais – senão o principal – candidato de direita para a Prefeitura de Ponta Grossa.