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A Comissão Parlamentar Processante (CPP) que investiga denúncia por quebra de decoro parlamentar e pedido de cassação do mandato do vereador Walter de Souza – “Valtão” (PRTB), informou que na oitiva programada para hoje, 13, nenhuma das 13 testemunhas arroladas pela defesa compareceu. A CPP informa ainda que na próxima terça-feira, 20, haverá nova oitiva de testemunhas do caso.

Já a defesa de “Valtão”, representada pelo o advogado Fernando Madureira, informou que a CPP não expediu a intimação para as testemunhas. “No entender da defesa, quem deve intimar as testemunhas é a Comissão Processante, e não a defesa”, afirmou o advogado do parlamentar.

Após críticas, as oitivas foram transferidas para o plenário da Câmara Municipal e a presença da imprensa credenciada foi autorizada.

As testemunhas de defesa de “Valtão” são: João Carlos Barbiero; Ricardo Albertus Zampieri; Roberto Pelissari; Ezequiel Bueno; Vinícius Camargo; Antônio Carlos Domingues de Sá; Alberto Abujamra Neto; Celso Ricardo Madrid Finck; Adriano Smolarek; Marcelo Rangel Cruz de Oliveira; Elizabeth Schmidt (informante); José Augusto Carneiro de Andrade (informante); e Guiarone de Paula Junior (informante).

Após as audiências, será feira a apresentação da defesa final do denunciado e o relatório da Comissão. A CPP tem 90 dias, a partir da notificação, para concluir o processo e liberá-lo para votação do plenário. O vereador que está em prisão domiciliar pediu e teve a licença aprovada na sessão do último dia 05 por 25 dias. A alegação é de que irá tratar de assuntos particulares.

DENÚNCIA – No final do ano passado, o Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio do núcleo de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia criminal contra o vereador e quatro empresários investigados na Operação Saturno: Antonio Carlos Domingues de Sá, Alberto Abujamra Neto, Celso Ricardo Madrid Finck, e o proprietário da TV Vila Velha e do site/revista D’Ponta, João Barbiero. Os empresários foram denunciados por corrupção ativa, e o vereador, por corrupção passiva. Conforme apurou o Gaeco, os empresários teriam pago o vereador para que emitisse um relatório favorável a uma empresa que foi alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Municipal de Ponta Grossa que investigou o estacionamento eletrônico pago nas ruas da cidade (“Estar Digital”). De acordo com a denúncia do MP-PR, o vereador teria recebido R$ 15 mil para “apresentar relatório final da CPI do Estar Digital que não causasse prejuízo aos interesses da pessoa jurídica investigada”.