11 de setembro de 2018

Beto e Fernanda Richa são presos em Curitiba

Arquivo

A residência deles também foi alvo de mandados de busca e apreensão da Lava Jato.

O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) foi preso na manhã de hoje, 11, em sua casa, no bairro Mossunguê, em Curitiba. A esposa dele, Fernanda Richa, também foi presa. Ambos foram alvo de mandados de prisão emitidos pelo Gaeco, braço de investigação sobre crime organizado do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Ainda não há mais detalhes sobre o que motivou as prisões.

Simultaneamente, a residência do ex-governador foi alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), na deflagração da 53ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Piloto”. Este era o codinome atribuído à Richa na planilha de propinas supostamente feitas pelo Setor de Operações Estruturadas da empreiteira Odebrecht.

Policiais federais e agentes do Gaeco chegaram no apartamento de Beto e Fernanda Richa às 6h, no bairro Mossunguê. Os policiais e o casal ainda estão dentro do prédio e há pouco inspecionaram os carros dos dois. Dois advogados já entraram no prédio.

NOTA DO MP-PR – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpre na manhã desta terça-feira, 11, 15 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão em Curitiba, Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu. Entre os presos, estão o ex-governador do Paraná, sua esposa, seu irmão, ex-secretários de governo e empresários.

As buscas são dirigidas a 16 residências, quatro escritórios, um escritório político, quatro empresas e à sede do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR). As medidas, determinadas pelo Juízo da 13ª Vara Criminal de Curitiba, visam investigar o programa Patrulha do Campo, do Governo do Estado do Paraná, no período 2012 a 2014, apurando-se indícios de direcionamento de licitação para beneficiar empresários e pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.

Fase da Lava Jato investiga corrupção no governo do Paraná

Nesta terça-feira, 11, também foi deflagrada a 53.ª fase da Lava Jato, que investiga corrupção no governo do Paraná. (Leia mais)

Deonilson Roldo, chefe de Gabinete e braço direito de Richa, um de seus subordinados no governo e Jorge Atherino empresário, foram alvo de mandados de prisão da Lava Jato e serão levados para a Superintendência da PF na capital do Paraná.

Nesta fase da Lava Jato a Polícia Federal cumpre, nesta terça-feira, 36 ordens judiciais em Salvador, São Paulo, Lupianópolis (PR), Colombo (PR) e Curitiba.

O objetivo da investigação é a apuração de suposto pagamento milionário de vantagem indevida no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados no Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada. (Com informações da Gazeta do Povo e assessoria MP-PR)


Veja a lista dos mandados de prisão:

Veja quem mais foi preso pelo Gaeco:

 – Beto Richa – ex-governador e candidato ao Senado do Paraná

– Fernanda Richa (presa)– esposa de Beto Richa e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social

– Deonilson Roldo (preso) – ex-chefe de gabinete do ex-governador

– Pepe Richa (preso) – irmão de Beto Richa e ex-secretário de Infraestrutura

– Ezequias Moreira (preso)– ex-secretário de cerimonial de Beto Richa

– Luiz Abib Antoun (preso) – parente do ex-governador

– Edson Casagrande (preso) – ex-secretário de Assuntos Estratégicos

– Celso Frare (preso) – empresário da Ouro Verde

– Aldair W. Petry

– Dirceu Pupo – contador

– Joel Malucelli – empresário J.Malucelli

– Emerson Cavanhago

– Robinson Cavanhago

– Túlio Bandeira

– André Felipe Bandeira

As prisões são temporárias, com validade de cinco dias. Ao todo, são 15 mandados de prisão. Até o momento, oito pessoas foram presas.

A investigação do Gaeco é sobre o programa Patrulha do Campo, que faz a manutenção das estradas rurais. A operação foi batizada de “Rádio Patrulha”.

O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, explicou que o programa Patrulha do Campo era um serviço que consistia na locação de máquinas pelo Governo do Paraná para a conservação de estradas rurais.

Com exceção de Antoun, detido em Londrina, no norte do Paraná, os demais foram presos em Curitiba. Deonilson Roldo é réu na Lava Jato e também foi alvo de prisão da PF. (Leia mais).

As empresas Cotrans, Ouro Verde e J. Malucelli são investigadas por fraude no programa do governo estadual Patrulha do Campo.

Por meio de nota, a J. Malucelli Equipamentos negou a participação em qualquer irregularidade e disse que não firmou qualquer contrato com o Governo do Paraná relacionado às Patrulhas Rurais.

A defesa de Deonilson Roldo informou que ainda não teve acesso às ordens judiciais. (Com informações do G1 Paraná)

Compartilhe



Últimas notícias

Divulgação

17 de maio de 2024

Elizabeth anuncia edital de licitação para pavimento em concreto em trecho da Avenida Ernesto Vilela

Arquivo

17 de maio de 2024

Sesa abre 22 novos leitos no HU-UEPG

Divulgação

16 de maio de 2024

Elisangela irá anunciar mais dois investimentos milionários para Carambeí

Divulgação

16 de maio de 2024

Municípios da AMCG somam R$ 454 milhões em arrecadação junto ao Estado no 1º quadrimestre

Ver mais

Mais Lidas

Arquivo

11 de janeiro de 2017

Prefeitura quebrada, cidade abandonada e Rangel de malas prontas para cruzeiro no Caribe

Divulgação

8 de outubro de 2018

Conheça os 54 deputados estaduais eleitos no Paraná

Arquivo

31 de março de 2020

Ratinho Junior libera igrejas e outras atividades consideradas essenciais no Paraná

Divulgação

ORTIGUEIRA

24 de janeiro de 2022

“2022 deve ser um ano de mais vitórias”, afirma Ary Mattos