22 de junho de 2020

Rangel perde na Justiça e não consegue garantir aditivo milionário à empresa de lixo

Arquivo

A juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa, Jurema Carolina da Silveira Gomes, suspendeu o Decreto Legislativo, aprovado pela Câmara Municipal em março, que sustava os efeitos do 36º aditivo contratual entre o Município e a Ponta Grossa Ambiental.

O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), em verdadeiro desrespeito ao Poder Legislativo, ingressou junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR), com ação direta de inconstitucionalidade, com pedido cautelar, objetivando a declaração de inconstitucionalidade do Decreto Legislativo nº 193/2020 da Câmara Municipal de Ponta Grossa, de autoria do vereador George Luiz de Oliveira (PROS), que com 22 votos favoráveis sustou os efeitos do 36º aditivo contratual pactuado entre o Município de Ponta Grossa e a empresa Ponta Grossa Ambiental Concessionária de Serviço Público S/A (PGA), empresa concessionária responsável pelos serviços de limpeza urbana de Ponta Grossa.

O aditivo publicado no dia 20 de janeiro, prorrogava o contrato do Município com a PGA por mais 12 anos (2008 a 2036). Além de estender o prazo da concessão, que venceria em 2024, o aditivo também previa que a Prefeitura pagasse à PGA R$ 9.142.876,00 para a implantação de uma Usina Termoelétrica a Biogás (UTB), mais R$ 4.261.656,00 de reinvestimento a partir de oito anos, além de R$ 189.701,20 mensais para a operação e coleta seletiva de orgânicos – que deverão ser reajustados anualmente, sem qualquer licitação, dispensa ou inexigibilidade.

“Esse aditivo é escandaloso e completamente inconstitucional. Não podemos no apagar das luzes desta administração permitir que o prefeito Marcelo faça o mesmo que outros prefeitos fizeram no passado, com a renovação de contratos do Município. Essa renovação deveria ter sido avaliada de forma transparente e pública, ou seja, tinha que passar pela Câmara Municipal, porque compromete as próximas gestões municipais”, defendeu George na época da aprovação do decreto.

“Esse aditivo é o maior escândalo do governo do prefeito Marcelo Rangel. O 36º aditivo dá mais de R$ 360 milhões à Ponta Grossa Ambiental, que volte e meia é beneficiada pelo Poder Executivo”, criticou o vereador Pietro Arnaud (PSB), defendendo que o serviço deveria ter sido licitado. “É um golpe na cidade. É um ato criminoso com relação à Lei 8.666/93 [Lei das Licitações]”, completou.

DECISÃO DO TJ-PR – O desembargador relator Jorge Wagih Massad, apontou que: “o Decreto Legislativo nº 193/2020, objeto da ação, é ato de efeitos concretos e individuais, e não se qualifica como ato normativo, por ser desprovido dos requisitos de generalidade, abstração e impessoalidade, o que impede a admissão da ação direta de inconstitucionalidade, instrumento de controle concentrado de constitucionalidade. Nesses termos, indefiro a inicial, por ausência de interesse processual, ante a inadequação da via eleita, e julgo extinto o processo sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 4º, da Lei nº 9.868/99, nos artigos 330, inciso III, e 485, incisos I e VI, do Código de Processo Civil, autorizado pelo artigo 200, incisos II e XII, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná”.

CONTRATO – O contrato com a PGA foi assinado pelo ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho em 2008 e encerraria em 2016, mas foi renovado pelo prefeito Marcelo Rangel até 2024. (Com assessoria)


Compartilhe



Últimas notícias

Divulgação

17 de maio de 2024

Elizabeth anuncia edital de licitação para pavimento em concreto em trecho da Avenida Ernesto Vilela

Arquivo

17 de maio de 2024

Sesa abre 22 novos leitos no HU-UEPG

Divulgação

16 de maio de 2024

Elisangela irá anunciar mais dois investimentos milionários para Carambeí

Divulgação

16 de maio de 2024

Municípios da AMCG somam R$ 454 milhões em arrecadação junto ao Estado no 1º quadrimestre

Ver mais

Mais Lidas

Arquivo

11 de janeiro de 2017

Prefeitura quebrada, cidade abandonada e Rangel de malas prontas para cruzeiro no Caribe

Divulgação

8 de outubro de 2018

Conheça os 54 deputados estaduais eleitos no Paraná

Arquivo

31 de março de 2020

Ratinho Junior libera igrejas e outras atividades consideradas essenciais no Paraná

Divulgação

ORTIGUEIRA

24 de janeiro de 2022

“2022 deve ser um ano de mais vitórias”, afirma Ary Mattos