2 de outubro de 2020

Gadini expõe problemas em todos os setores públicos do Município

Ao vivo o candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Professor Sérgio Gadini, nas ruas com o BLOG DO JOHNNY. De…

Publicado por Blog do Johnny em Quinta-feira, 1 de outubro de 2020

“O PSOL tem um programa que pretende incluir, de forma gradual, uma renda complementar aos autônomos mais pobres. Seria um auxílio para famílias que dependem de serviços públicos”, propõe o candidato.

O quadro ‘Nas ruas com o Blog do Johnny’ realizou mais uma live ontem, 01, com o candidato a prefeito de Ponta Grossa, Sérgio Gadini (PSOL).

Gaúcho, jornalista de formação há mais de 30 anos, é pós doutorando (pela faculdade de Madrid) e professor do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Gadini conta que assim como a maioria dos brasileiros, é um imigrante pois já morou em dez cidades. Mas em Ponta Grossa reside há 25 anos, sendo cidadão honorário e onde se sente realmente em casa. Por isso o professor se diz disponível para administrar a cidade, e de forma diferente: Sem custo para a população, ou seja, abrindo mão do salário como prefeito.

Professor Gadini, como é conhecido no meio acadêmico, já publicou um livro com a análise política de Ponta Grossa, e outros com diversos temas. Afirma que se envolve com o povo constantemente, já que através de seu concurso se depara com o serviço público. Além disso, ele sabe da importância dos servidores. Este, aliás, foi um tema recorrente durante a entrevista. Para o professor, um dos maiores absurdos que ocorre na Prefeitura, e pretende fazer de forma contrária, é o número de cargos comissionados. Outro ponto indicado por ele mesmo, é sua frequente e luta por movimentos, sindicatos, organizações e lutas sociais. “Tenho tranquilidade no meu olhar para cidade, e não tenho problema em dialogar com outras pessoas da política, independente dos grupos e partidos”, conta.

Candidato a prefeito pela segunda vez (primeira foi em 2016), Gadini relata que estudou mais dessa vez, e que tem mapeado os problemas sociais com indicadores, o que facilitou o debate dentro do próprio partido. O conteúdo foi elaborado e organizado com o diagnostico em números nos diversos setores.

A equipe do Blog do Johnny encontrou Gadini, a pedido do mesmo, na região do Costa Rica, onde existe o maior programa habitacional na cidade, mas que segundo o candidato, falta estrutura em todos os ouros setores da sociedade como serviços de saúde, lazer e transporte, que para ele, deveriam ter sido entregues antes das casas. “Quando esses locais são criados, não se pensa no restante e isso abre precedentes para marginalidade”, esclarece. Apesar disso, ele se mostra favorável ao projeto “Minha Casa Minha Vida”, que neste caso conta mais de 1.100 casas entregues em 2015.

URBANIZAÇÃO – Durante a conversa alguns locais eram avistados, o que fez Gadini aproveitar e explicar como seu plano de governo deve auxiliar cidadãos de baixa renda, como a população que mora em conjuntos habitacionais ou em locais não assistidos atualmente pela administração pública. “O PSOL tem um programa que pretende incluir, de forma gradual, uma renda complementar aos autônomos mais pobres. Seria um auxílio para famílias que dependem de serviços públicos”, explica. Outro ponto nesta área, seria habitar a cidade com casas ou empreendimento populares em locais mais centralizados. Segundo um estudo apontado pelo professor, os terrenos e quadras que não são explorados na cidade são de grandes proporções, com uma vasta área urbana. O candidato critica a forma de atualmente se levar os condomínios populares longe do centro, pois isso encarece atendimentos (saúde, segurança, etc).

TRÂNSITO – Gadini relembra promessas de vários candidatos a fim de acabar com a chamada “máfia dos radares”, e diz que usaram política para promover um discurso mentiroso. Apesar disso, afirma que os radares são importantes, bem como a construção de mais ciclovias, ciclofaixas, sinalização em geral, para o bom andamento e respeito em todos os meios de transporte.

TRANSPORTE – O transporte coletivo é um outro problema que deve ser mudado, segundo o professor. Para ele, há ausência de fiscalização por parte da Câmara Municipal, que deveria fazer sua parte, mas não o faz. “O problema não é só da empresa privada, mas principalmente do gestor que não faz nada a respeito para mudar e melhorar a situação da população de depende do transporte público”, alega Gadini. O candidato pelo PSOL afirma que ele pretende pensar junto com a população em um sistema de transporte que dê certo, e que através de debates, deve discutir o contrato com a atual empresa que tem o monopólio do transporte em Ponta Grossa, e garante que há uma série de irregularidades no documento.

EDUCAÇÃO – Setor que é vivenciado diariamente pelo professor Gadini, a atenção educação deve ser redobrada em sua gestão. O candidato quer uma relação mais próxima com os professores, ampliar o ensino integral e seguir o plano de educação. O salário básico dos professores municipais está bem abaixo dos profissionais que tem formação universitária, o que para ele mostra a falta de valorização e respeito com a categoria.

Em relação as faculdades, uma parceria entre o setor públicos e as universidades devem ofertar serviços públicos em todos os setores, evitando, ou diminuindo assim, a contratação de empresas privadas.

OBRAS – Um dos locais escolhidos por Gadini, para apontar falha e encontrar soluções durante a entrevista, foi o Mercado Municipal. Ele também relembra o discurso de campanha de todos os candidatos na última eleição municipal para fazer parceria público privado, que não aconteceu na atual gestão. A chamada “rotatória do 1 milhão”, também foi pauta, o que fez o professor enfatizar a ausência de fiscalização por parte de todos que deveriam ter essa obrigação. “A forma que são feitos os processos são sem referência. Determinados grupos se não fiscalizarem e não ficarem em cima, vão ocasionar na não entrega do que foi prometido”.

SEGURANÇA – Gadini defende que o trabalho da Guarda Municipal é importante na proteção patrimonial, como uma espécie de “polícia comunitária” que faz um trabalho de orientação, e não de repressão.

Para o professor, os problemas com a segurança estão associados a falta de programas de inclusão que deveriam levar lazer e integração ao esporte para as comunidades. Para ele, a grande parcela de responsabilidade é dos deputados da região que não param de votar somente a favor do governador. Incluir essa parcela importante da população mais vulnerável nos programas e direitos sociais é importante para o acesso igualitário.

SAÚDE – A live foi finalizada em frente ao Hospital da Criança, com um alerta de Gadini para a questão do resultado de um estudo técnico a respeito da terceirização dos serviços públicos, que encarece a aplicação, pois o custo de gestão será pago pela população. Professor Gadini complementa ainda que é preciso fazer um “raio x” dos serviços que realmente precisam no setor da saúde e o que a população realmente demandam. (Especial para o Blog do Johnny)

Compartilhe